Filho de pedreiro e vendedor de cachorro - quente, conheça a historia de ¨VITÃO DO CACHORÃO¨ Deputado Estadual



Filho de pedreiro e vendedor de cachorro-quente. É assim que Vitor Alexandre Rodrigues, o Vitão do Cachorrão, sempre se apresentou. Orgulhoso de suas raízes humildes, ele conquistou espaço na política com discurso favorável aos moradores da periferia. Foi o vereador  mais votado nas eleições de 2020 na cidade de Sorocaba, mas hoje trabalha pra toda  região como deputado estadual. 

Sua história teve início no Jardim Zulmira, na zona norte, onde cresceu e montou seu primeiro carrinho de lanches, na calçada da casa de sua mãe, dona Vera Eunice Antunes. Não demorou muito para que as pessoas cogitassem o nome de Vitão para compor o quadro de vereadores do município. Sua primeira tentativa foi em 2008, pelo Partido da Social Democracia Cristã (PSDC). Recebeu 1.489 votos, mas não conseguiu garantir uma vaga na Casa. Não desistiu e concorreu novamente em 2012, agora pelo antigo Partido Republicano Brasileiro (PRB), conquistando 3.975 votos e ficando em 14º lugar na lista dos mais votados. Mesmo assim, não foi suficiente para garantir a eleição. Determinado a alcançar seus objetivos, ele tentou mais uma vez em 2016, pelo Partido Democrático Brasileiro (MDB). Desta vez, a perseverança rendeu frutos: ele foi eleito com 7.555 votos, sendo o quarto mais votado. Vitão foi reeleito em 2020, agora pelo Partido Republicanos (REP), com diferença de um voto: 7.754.

Após seis anos exercendo a vereança, Vitão decidiu dar um passo além na carreira política e se candidatou a deputado estadual. Nas eleições de 2022, ele conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), sendo o candidato mais votado da cidade, com 56.729 votos.

Ao recordar sua trajetória, iniciada há 15 anos, Vitão assegura que seus valores permanecem intactos. “A bandeira mais importante para mim é a da humildade, que sempre levarei comigo.

Ao entrar no gabinete de Vitão, é impossível não notar uma colher de pedreiro presa à parede. Trata-se de uma homenagem a seu Rubens Rodrigues, o pedreiro que Vitão tanto menciona. Foi o pai de Vitão que o incentivou a trabalhar, e seu primeiro registro na carteira foi aos 15 anos, na indústria Manchester Modelação e Marcenaria, graças ao emprego que Rubens conseguiu para ele. Antes disso, Vitão realizava alguns trabalhos informais, como cortar capim para cavalos. Com o dinheiro que ganhava, ajudava a mãe em casa e comprava bolas para brincar na rua.

Rubens não teve a oportunidade de ver o filho ser eleito vereador. Em 2008, ano da primeira candidatura de Vitão, ele já estava em estágio avançado de Alzheimer e faleceu aos 56 anos. “Quem é o pedreiro? Meu pai, que sustentou minha família. Eu adorava trabalhar com ele e com meu tio, que também era pedreiro. Meu pai trabalhou a vida inteira e não teve muitas oportunidades. Acho que ele ficaria orgulhoso de mim. Não porque sou deputado, mas porque sempre fui sincero e mantive a humildade. Mesmo que eu continuasse sendo vendedor de cachorrão ou pedreiro, ele ficaria feliz. A colher de pedreiro no meu gabinete serve para eu não esquecer de onde vim, para que o terno e a gravata não subam à minha cabeça”, concluiu.

         

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