Preço de 5 kg do arroz chega a R$ 43 e assusta consumidores na cidade



 Indispensável no prato da família brasileira, o arroz é comercializado entre R$ 36 e R$ 43 nos supermercados da cidade. A elevação dos preços assusta os consumidores de Itapetininga no momento da compra. A solução das pessoas é percorrer locais com preços mais vantajosos. “Esses valores assustam muito. Ou compra mais barato ou passa fome. Eu prefiro o arroz com marca melhor, justamente os que estão mais caros” afirma a dona de casa Cláudia Fernandes.

Ela avalia que se aproveitam da tragédia climática do Sul do país para aumentar os preços do arroz. “Estão aproveitando o momento. Diversos outros produtos também remarcaram os preços com a alegação das inundações e enchentes ocorridas no Sul do país”, conta Cláudia. Em sua opinião, a importação do arroz é válida. “Mas tem que garantir qualidade e abaixar o preço para os consumidores”, completou.

Para aposentada e protetora de animais, Vanda dos Santos, os preços praticados “são um absurdo, pois a maioria das pessoas vive com um salário mínimo de R$ 1.400”.  Vanda também compartilha que há alguns setores que se utilizam da calamidade climática. Uma das suposições para elevação, conforme fontes ouvidas pela reportagem, são empresas que intermediam a safra entre os agricultores e supermercados que ampliam os preços o que onera custo final do produto.

Segundo a protetora, a melhor medida para reduzir o custo é um leilão com os produtores internos. “O Brasil produz tudo. Com isso, já reduz o preço local”, afirmou a protetora de animais. Já para a dona de casa Sandra Proença, o aumento se revela “insensato, incoerente”. Também apontou que utilizam, até hoje, a tragédia climática do Sul para justificar o aumento nos preços do arroz. Com uma família com quatro pessoas, ela conta que consome três pacotes de 5 kg. “Tem que fazer algo para baixar, a importação é uma solução”, concluiu.

Antes das inundações no Sul do país, os preços do arroz eram comercializados entre R$ 18 e 27. O preço mudou significativamente após o evento climático no Rio Grande do Sul, que é responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, conforme o IBGE. Segundo o relatório, a produção nacional do cereal em 2024 será de 10,5 milhões de toneladas, dos quais 7,3 milhões produzidos em solo gaúcho. A safra deste ano já havia sido colhida, antes dos temporais atingirem as plantações.

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